sábado, 14 de julho de 2012

Acabou a publicidade no «A Tua Cara não me é Estranha»

TVI e Endemol travam publicidade em direto a marcas no concurso de imitações

Depois de vinte e uma semanas a falarem sobre quem lhes cede roupa, as estrelas de A Tua Cara não me é Estranha já não o podem fazer. A estação justifica a medida como sendo uma "questão de alinhamento"
Tratava-se já de um momento clássico em A Tua Cara não me é Estranha, fosse nas entrevistas que antecedem a subida dos concorrentes para o palco, ou antes da votação dos jurados. Contudo, desde que arrancaram as galas especiais, há três semanas, já não há espaço para a habitual conversa sobre quem veste cada uma das caras que dão cor e alegria ao programa da TVI. Jurados, concorrentes e convidados especiais estão impedidos de fazer agradecimentos a quem lhes cede a roupa.
De agora em diante, os fiéis seguidores de A Tua Cara não me é Estranha já não vão poder ver, por exemplo, Alexandra Lencastre referir-se ao autor das joias que ostenta ou José Carlos Pereira a agradecer a quem o calça.
Convidada da gala do passado domingo, Rita Guerra deixou uma mensagem aos seus seguidores no Facebook a partilhar a situação: "Porque me foi dito que no programa já ninguém está autorizado a fazer menção a marcas, fica aqui a informação de que, para quem não sabe ainda que é ele que trata da minha imagem, o vestido branco que vesti ontem é uma criação do fabuloso João Rôlo", escreveu a cantora.
Desde as últimas três emissões que as marcas responsáveis pela imagem dos membros do júri passaram a ter destaque apenas nos créditos do programa, com a exibição de um cartão com o logótipo, algo que já acontecia no caso dos apresentadores.
Contactada pela Notícias TV, a Endemol, produtora de A Tua Cara não me é Estranha, refere que este é o procedimento habitual em qualquer programa de entretenimento, até porque se trata de uma contrapartida pela cedência das peças, e ressalva que, no caso específico de Alexandra Lencastre, uma das mais efusivas no momento de se referir às entidades que a vestiam e calçavam, deixou de haver uma marca a patrociná-la, estando agora nas mãos da Endemol a escolha do seu guarda-roupa. Por parte da TVI, a justificação é diferente. O canal de Queluz de Baixo explica esta mudança com "questões de alinhamento" do programa.
No entanto, a verdade é que, ao longo de 21 semanas (11 da primeira temporada e 10 da segunda), o momento que se tornou um clássico e chegou a ser alvo de uma brincadeira de António Sala, com o célebre som de referência ao momento de publicidade, fez sempre parte do programa, mesmo quando Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira alertavam para o pouco tempo de emissão que restava. O mesmo acontecia no caso das entrevistas prévias, em que os apresentadores questionavam os concorrentes e convidados especiais sobre a autoria da roupa que exibiam e brincavam muitas vezes com a situação. Quando se esqueciam, faziam-no já no palco do programa.
António Sala confirma que lhe "foi sugerido que não fizesse qualquer referência às marcas", mas não sabe o que foi dito a Alexandra Lencastre, Luís Jardim e José Carlos Pereira. O jurado compreende a situação e acredita que tal medida deverá estar relacionada "com a fiscalização da ERC ao nível da publicidade", até porque, apesar de o tornarem em algo divertido e bem-disposto, "não deixa de ser um momento de publicidade sem ser assinalado. E há regras de publicidade que têm que ser cumpridas", salienta o comunicador. Luís Jardim, por seu turno, revela que não conhece os motivos que levaram a TVI a tomar tal atitude.

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